Eu busco algo incompreendido,
Que talvez nem exista neste mundo,
Mas, se existe,
Está escondido em algum lugar do tempo.
Eu sinto um grande vazio,
Que desestrutura o meu coração.
Eu sigo caminhando a longos passos,
Quase suspenso, pelas cordas da ilusão.
Estou perdido em meus devaneios,
Em confusos e vagos pensamentos,
Nas estreitas linhas da minha vida.
Rodopio, pelos ventos da inconsistência.
Meu olhar está sempre muito distante,
Comprido, muito extenso,
Com uma fome terrível de horizonte.
Eu sigo a procura de algo desconhecido,
Mas que, me parece tão necessário,
Quanto o próprio ar que eu respiro.
Eu busco um grito, que vem de longe,
Que me chama, ecoando por todos os cantos,
Clamando, um sentimento de urgência.
Eu busco esta confusa manifestação,
Que não me apresenta nada concreto,
Mas apenas, uma inconsistência.
Eu o busco, na solidão dos meus dias,
Nas fadigas dos meus delírios,
Nos espaços ocultos do meu ser,
Que, amargurado e perdido,
Está mergulhado em profundas fantasias,
Em alegorias,
Que eu mesmo criei.
Eu vivo entre o real e o imaginário,
Entre a razão e o coração,
Lúcido, ou não,
Sou eu mesmo, o artista deste palco,
O personagem deste drama,
Fora de ordem, e sem direção.
Fora de ordem, e sem direção.
Poesia de Rozilda Euzebio Costa
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