Enquanto um homem chora ao olhar sua casa destruída por um terremoto, lamentando a perda de seus bens, o outro olha para o céu agradecido. Chora de alegria, por Deus ter lhe salvado a vida.
Estamos vivendo momentos de duras transformações na natureza terrestre. E nestas mudanças, temos visto grandes e incalculáveis sofrimentos.
Muitos homens ganharam novamente a vida em questão de segundos, enquanto outros a perderam na imensidão de escombros, dos incontáveis terremotos.
Outros homens partiram em meio às alucinadas enchentes, causadas pelas tempestades descontroladas do tempo.
Muitos dizem que estamos vivendo o apocalipse, o “fim do mundo”. Já outros, procuram o significado de todos os acontecimentos nas religiões, nas escrituras assinaladas pelos profetas da antiguidade.
Enquanto isso alguns homens ainda permanecem na cegueira de suas loucuras existenciais. Vivem apegados aos seus bens materiais. Enamoram-se da luxúria extravagante, e do amor pelas aparências físicas. Correm atrás do poder, numa cegueira incontrolável, desejando um trono que na verdade é ilusório, fruto de um ego orgulhoso e sem limites.
Uma coisa é certa; a terra vive momentos de transformações em sua estrutura, e a humanidade também, porque ela sente e compartilha com esta mudança de forma direta e constante.
Pensemos em uma grande obra de arte, danificada pela falta de cuidados, e pela falta de controle em sua estabilidade concreta; o próprio tempo vai levando-a para uma necessidade de reforma! Suas cores vão se desfazendo mediante a ação do vento, da poeira, do tempo. Traças a consomem. Se o seu proprietário deseja que ela continue existindo, terá que fazer em sua estrutura uma reforma delicada e minuciosa. Assim, estamos vivemos na terra, uma reforma minuciosa e delicada, onde todos sentem as consequências desta reforma. Mas enquanto houver Sol, haverá vida.
Rozilda Euzebio Costa
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