Atendendo a um pedido de uma amiga especial, descrevo seus sentimentos maternos nesta poesia contemporânea.
Carta para minha Amada Filha
Tenho belas e infinitas recordações tuas,
minha linda e esplêndida borboleta!
Lembro-me bem da tua beleza
compondo o cenário da primavera,
em meio às flores azuis de Maio.
Me vem sempre em mente
seus longos cabelos cor de ouro
bailando serenamente com a liberdade dos passarinhos,
embalados pelas ondas transparentes do vento.
Minha querida princesinha,
ainda ouço o som de suas alegres risadas
soando como doce música aos meus ouvidos maternos.
Como você me faz falta meu pequeno anjo!
Você partiu para alegrar o céu,
Para enfeitar algum jardim celeste
com a tua beleza e a tua alma sensível,
e com as cores da tua alegria.
Estarás, na certa, perfumando a primavera
nos campos floridos do Senhor.
Seguir caminhando sem a tua companhia
é como estar em meio a um deserto árido,
acompanhada de um vazio sem fim,
num cenário onde tudo parece desfalecer,
sob um sol escaldante e insensível.
Vez ou outra me arrisco a contemplar
a sua imagem congelada nas fotografias,
nos registros de momentos tão especiais que vivemos.
Tenho um fio de esperança no meu coração
a sustentar-me,
para não me deixar perder a direção do meu destino,
do meu caminho,
e de minha solitária vida.
Sem você filha minha,
me tornei uma planta frágil e sem cor.
Poesia de Rozilda Euzebio Costa
29.05.2017
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