Texto By Rozilda Euzebio Costa
Era de manhã quando
o telefone celular tocava insistente, enquanto Dara estava entretida olhando sua
página no Facebook, lendo os feeds de notícias. Tinha que atender aquele telefonema, afinal,
não se pode deixar uma pessoa esperando do outro lado da linha sem uma
resposta, sabendo que se tem a disponibilidade de atender. Era sua amiga Lorena:
- Alô!
- Dara?
- Sim!
- É Lorena. Tudo
bem?
- Ah sim, tudo bem
Lorena! E você?
- Bem também,
graças a Deus! Lembra-se de que você havia me falado que queria adotar um filhote
de gato siamês?
- Sim, eu me
lembro!
- Então, eu
arranjei um pra você. Não é beem um siamês puro, mas ele é bem lindinho, e tem
o olho azul. Eu o achei lindo. Você quer?
- Claro que eu quero!
Quero sim. Quando posso ir busca-lo?
- Na hora que você quiser!
- Então eu vou hoje
mesmo! A tarde eu estarei aí na sua casa, pode ser?
- Está bem. Eu te
espero. - assim combinaram.
A tarde logo chegou
e Dara correu para buscar o seu filhotinho de gato “siamês”. Não se aguentava
de curiosidade para vê-lo.
Chegando à casa de
Lorena, as duas trataram logo de ir até a casa da família que estava doando o
filhotinho de gato para adoção. Era uma ninhada de cinco filhotinhos, mas dois
deles já haviam sido adotados. Restavam três: duas fêmeas e um macho. A família
havia decidido ficarem com as duas fêmeas, e disponibilizaram o filhotinho
macho para a adoção. E eles eram muito cuidadosos! Quiseram saber se realmente
Dara iria cuidar bem do filhotinho, pois não desejavam entrega-lo para qualquer
pessoa, porque tinham medo de doa-lo a alguém que fosse maltrata-lo.
Dara pegou aquele
filhotinho nas mãos e o achou tão lindo!
- Ele é muito
bonitinho! E tem cara de gato inteligente! Vai se chamar Einstein. – disse ela,
acariciando-lhe a cabeça.
Ele a olhou com os
seus olhinhos azuis da cor do céu. Parecia estar fazendo um reconhecimento
daquela que, a partir daquele momento, se tornaria sua protetora. Era ela que
lhe daria casa, comida e proteção. Era ela que lhe daria um lar. E Einstein então ganhou um lar.
***
***
Poucos meses depois, Dara estava com seu filho Matheus numa casa de produtos veterinários, quando a proprietária lhes perguntou se não
desejavam adotar uma gata já adulta e castrada. Esta gata havia sido deixada lá
para adoção por seu antigo protetor. A princípio Dara se recusou, pois já tinha
em casa o seu gatinho, e ele já havia sido castrado e estava lindo e saudável.
Não precisava de mais gatos em casa, assim ela dizia. Porém seu filho insistiu
para que a levassem e dessem a ela um novo lar. Acabou por convencer sua mãe, e
levaram a gatinha. Linda ela! Tinha a pelagem bastante espessa na cauda.
Agora, mais um membro
faria parte da família. Ao chegarem em casa Dara soltou a gatinha para que ela fosse
se acostumando com seu novo lar, e também com o gatinho Einstein que já era membro
daquela casa.
Os dois gatinhos ao
se verem, de imediato se estranharam, mas uma semana depois já haviam se acostumado
um ao outro.
A gatinha recebeu o
nome de uma guerreira; She-ra! É verdade! Mas ela não gostou do nome. Para ela
não fez bem este nome. She-ra foi perdendo o apetite, não queria mais comer, e
ficou magrinha! Passou quase um mês sem se alimentar. Foi um desespero só.
Naquela casa todos ficaram tristes vendo She-ra definhar. Pensaram em leva-la
ao veterinário, mas Dara decidiu fazer uma tentativa de alimentá-la com
caldinhos, dando aos poucos, despejando com uma colher na boca dela, porque She-ra
já não tinha mais forças para se alimentar sozinha. Estava tão magra que
envergava.
Começou então a
luta de alimentar a gatinha com os caldinhos na colher. Dara também prometeu
que se She-ra ficasse curada, mudaria o nome dela para o nome de Victória, e
nunca mais ela seria chamada de She-ra, a guerreira, porque este nome não lhe havia
dado sorte. E não é que a gatinha depois de uma semana de caldinhos na colher
com amor e carinho, já estava se alimentando sozinha! Parecia ter acontecido um
milagre. Agora, era uma nova gatinha que, a cada dia, se tornava mais forte.
Agora ela já estava sendo chamada de Victória, aquela que venceu suas
fraquezas, aquela que agora estava saboreando a alegria de viver.
Victória ficou
curada, e hoje é uma gata linda e forte, e é também muito carinhosa! Ela e
Einstein se dão muito bem, e se alimentam juntos numa vasilha conjugada, um ao
lado do outro, sem brigas. São realmente amigos.
É preciso ter amor
pelos animais e cuidar deles com carinho e dedicação. Não adianta dizer que
gosta de animais, mas na hora de cuidar tem preguiça de alimenta-los e de fazer
o que tem que ser feito para o conforto e bem estar do animalzinho. Pessoas que
deixam animais passarem fome, ou que os abandonam, não tem amor no coração pela
vida. São pessoas muito frias! Quem maltrata animais também maltrata pessoas! Tudo
é vida, e a vida tem que ser valorizada.
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