Poesia de Rozilda Euzebio Costa
Lá, no mais alto dos universos,
Onde se acredita; só exista luz, paz e amor,
Lá, um pouco mais acima
De onde moram astros e estrelas,
Um tanto mais além,
Lá, dizem; não existe a escuridão e a dor,
Mas abaixo dele, nenhum corpo está livre
Dos dissabores e intempéries do existir,
Não importa que corpo seja,
Se celeste, se humano,
Se material ou imaterial,
Tudo é parte de uma mesma essência de criação,
Tudo é parte de um mesmo plano,
E prova dos mesmos sentimentos,
Sejam eles de alegrias, contemplações,
Remorsos, tormentos e enganos.
Lá, no mais alto de todos os universos,
Acredita-se que exista um paraíso sem sofrer,
E todos esperam um dia alcança-lo,
Astros e estrelas, humanos e animais,
Até a mais pecadora das criaturas,
Deseja ascender, para encontrar o seu paraíso,
Até mesmo as mais duras pedras,
Estas criaturas consideradas frias,
Que mudam de lugar não se sabe como,
E são consideradas como seres brutos,
Desprovidos de sentimentos.
Mesmo elas... Mesmo elas!
Desejam encontrar o seu paraíso,
Embora não demonstrem,
Até as pedras sofrem e se ferem,
Ao descer montanha abaixo,
Ao cair em profundos abismos,
Vivendo o tormento de seus contratempos.
06 de Dezembro de 2015.
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