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São Luis Orione |
Humildade! Humildade! Humildade!
Carta de Dom Orione escrita no dia 01/12/1925 Livros nos passos de Dom Orione página 281-282
Procurem que esteja em cada um de vocês e bem radicada na casa – aquela que o grande santo Agostinho chamava de o fundamento de todas as virtudes, que é a humildade. Onde existe humildade não há discórdias. Há um sofrimento recíproco, há união dos corações e há caridade fraterna; e se vai em frente contentes, se trabalha contentes, se experimenta uma grande alegria e felicidade interior e espiritual. Todos os dons celestes e as graças e os confortos para ir em frente vêm da humildade; enquanto todo o mau humor e as discussões nascem do amor próprio e da soberba, que é uma grande miséria moral nossa.
A humildade é tão necessária para tornar verdadeira e boa a vida religiosa e para conquistar a perfeição, que entre todas as vias para poder chegar a ter um verdadeiro espirito religiosos e uma perfeição veraz, a primeira via, dizia sempre Santo Agostinho: é a humildade, a segunda via é a humildade, a terceira via é a humildade. E dizia ainda: “e se cem vezes perguntassem qual é a via para se tornar santo, qual é a via mais breve, mais segura, aliás, infalível, cem vezes eu responderei a mesma coisa: humildade, humildade, humildade.”
A humildade não é a primeira virtude por excelência que é a caridade; porém, a humildade tem um lugar de destaque entre as virtudes, porque é o fundamento e a base de todas as outras.
A humildade é a fonte de todas as virtudes, porque predispõe a alma para Deus e faz em tudo a vontade de Deus.
A humildade é a mãe das outras virtudes, e é aquela que guarda a todos: os mantém, por assim dizer, abraçados e unidos, e impede que sejam roubados.
Foi por isso que São Bernardo escreveu: “Assim como a cera não recebe nenhuma forma se antes não se amolecer, direi mesmo – ficar liquida, assim nós não nos adaptaremos à forma e ao espirito das virtudes cristãs e religiosas, se antes não nos inclinarmos, se não nos predispormos à vontade e à opinião dos outros, se não nos despirmos de nosso amor próprio e orgulhoso, se não abandonarmos aqueles modos ásperos, duros e cheios de arrogância.”
Reconhecendo o nosso nada, damos gloria a Deus. Não somos mais que cinzas, um punhado de cinzas, que se perde ao vento e menos, menos ainda dos que cinzas. Não apenas somos nada, mais ainda pecadores.
Nossa senhora foi escolhida por deus e elevada a mais alta dignidade de ser Mãe de Deus, porque foi considerada humilde.
Peçam a Nossa Senhora, a graça indispensável da santa humildade, também para mim. Abençoo a todos e a cada um em Jesus Cristo Nosso Senhor.
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